Líder
do governo, Edson Albertassi (PMDB) espera que projeto seja votado na semana
que vem
RIO
- Levado ao plenário da Alerj nesta quinta, o projeto de lei do Executivo que
reconhece o estado de calamidade pública no âmbito da administração financeira
recebeu 57 emendas e saiu de pauta. Deputados afirmam que, sem acordo —
especialmente quanto ao prazo para que a calamidade perdure e à proibição de
demissão de funcionários sem que um projeto específico passe pela Casa —, será
difícil a aprovação da proposta. O colégio de líderes se reúne na terça-feira,
para tentar um entendimento. E a expectativa do líder do governo, Edson
Albertassi (PMDB), é que na quinta-feira da semana que vem o projeto seja
votado.
Líder
do PSDB, Luiz Paulo apresentou três emendas. Ele defende a extensão da
calamidade até no máximo 31 de dezembro de 2017. Terminado esse prazo, caso o
governador não consiga fazer o ajuste de contas, “poderá estar cometendo crime
de responsabilidade”.
—
Com isso, pode sofrer um processo de impeachment — disse Luiz Paulo.
Quanto
à demissões de funcionários, o líder do PSDB garantiu que a lei que alterou as
metas fiscais do estado, aprovada este ano, já determina que esses atos têm de
ser submetidos à Alerj.
Mas
uma das quatro emendas de Carlos Minc (sem partido) proíbe demissões. Ele quer
fixar um prazo menor, de seis meses, para que o estado excepcional perdure:
—
O projeto, do jeito que está, é uma boia de salvação para o governo. Só que o
resto ele deixa naufragar.
Carlos
Roberto Osorio (PSDB) também defendeu emendas:
—
Esse projeto é um cheque em branco para o Executivo.
Da
base governista, Luiz Martins, líder do PDT, quer preservar vencimentos e
vantagens do servidor. Uma emenda que apresentou estabelece até o fim de 2017
para o estado de calamidade pública.
A
aprovação da lei dará mais liberdade ao governo. Especialista em direito
administrativo, Hermano Cabernite explicou que, com o reconhecimento pela Alerj
da calamidade — decretada em junho —, a limitação da despesa com pessoal,
fixada pela Lei de Responsabilidade Fiscal, e consequentes providências no caso
de o teto ser ultrapassado ficam suspensas. O mesmo acontece com as limitações
impostas por superar o teto de endividamento.
—
A finalidade precípua do reconhecimento do estado de calamidade é viabilizar a
manutenção das transferências de recursos e concessões de crédito ao Rio.
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