segunda-feira, 8 de agosto de 2016

  

Nossos objetivos podem ser alcançados

Na última quarta-feira, 03, Marcos Villela e Júlio Faustino, em andança pelas novas instalações, estiveram com o Vice-presidente de Tecnologia do PRODERJ, Aldo Ribeiro. Perguntado sobre a conversa que o secretário Tutuca teve com o Conselheiro do TCE, José Gomes Graciosa, relator do processo - TCE-RJ n.º 104.258-5/16 - contra a terceirização no PRODERJ, ele disse que o conselheiro desconhecia o fato de o PRODERJ estar subordinado à SECTI e não à Casa Civil e que poderia ter apresentado outra abordagem em relação à auditoria que o Tribunal está desenvolvendo na autarquia. Também afirmou que, devido a esta intervenção, a direção do PRODERJ não está podendo realizar nenhum gasto ou mesmo promover qualquer licitação até que se conclua o processo da auditoria. Os representantes da ASCPDERJ surpreenderam-se com essas afirmações, pois o PRODERJ não está pagando os atuais fornecedores de softwares e de serviços, por que haveria de promover novas licitações? Da mesma forma, ele disse que estão respondendo o conjunto de perguntas que o TCE fez à direção da Autarquia. Esta auditoria, após sua conclusão, segue para o TCE, passa pelo Ministério Público do TCE, recebe um parecer e vai para as mãos do presidente do Tribunal para encaminhamento das próximas decisões sobre o PRODERJ.

SOBRE O PRÉDIO DA ALFÂNDEGA, ALDO AFIRMOU QUE AS CONVERSAS COM O GOVERNO A RESPEITO DA IDA DO PRODERJ PARA LÁ ESTÃO ADIANTADAS E QUE A DIREÇÃO DA AUTARQUIA ESTÁ VENDO A POSSIBILIDADE DE INICIAR ALGUMAS OBRAS LÁ, PREPARANDO A IDA DO DATACENTER, ANTES DE ENTREGAREM O PRÉDIO PARA O EXECUTIVO DEFINITIVAMENTE.
Fomos pegos de surpresa pela notícia, pois foi a 1ª vez que alguém da direção se pronunciou favoravelmente a assumir a disputa para que esse prédio se torne a sede do PRODERJ. Nesse momento, afirmamos que, caso a direção esteja realmente disposta a desenvolver essa política, a associação e os trabalhadores estarão juntos com ela até o fim por essa conquista tão importante para a autarquia e a política de TI do Estado. Ao mesmo tempo, fomos claros em afirmar que é necessário a direção do PRODERJ se comunicar diretamente com os trabalhadores, já que não somos seus porta vozes. Aí o vice-presidente reclamou da ASCPDERJ dizendo que ela é muita dura, etc., etc., etc. Nós reafirmamos que eles tomam as medidas sem conversar, que tudo desce goela abaixo, que o diálogo é quase nenhum e que se isso mudar, a associação também mudará. Enquanto eles estiverem encastelados em suas salas, tratando o servidor como um qualquer não terão vida mansa.
Nunca houve, infelizmente, qualquer tipo de acordo entre a ASCPDERJ e a direção do PRODERJ. Ao contrário, esta direção ainda não se dirigiu aos servidores e nem apresentou um plano de recuperação, de investimento e de melhorias na qualidade dos serviços que prestamos. Dizer apenas o que já foi dito e publicado no Divulgando não nos atende mais.
Quanto ao Colocation e à transferência de sistemas do PRODERJ para “nuvem”, o vice disse que as máquinas irão para o SERPRO e que não haverá nenhum gasto a mais daquele já existente, pois não será necessária expansão do espaço hoje ocupado pelo mainframe. Ele também disse que algumas máquinas que estão no SERPRO irão para a UERJ, o que nos intrigou já que “todo o espaço utilizado pelo PRODERJ seria entregue, devolvido à universidade!!!!!”, era uma exigência dela??? De qualquer maneira, é bom que a direção do PRODERJ veja essa questão com cuidado, pois não seria uma mudança tão simples assim já que os sistemas que se encontram nessas máquinas menores não são de fácil transferência para outro ambiente. Em relação à “nuvem”, tudo é “meio nebuloso”: foi dito apenas que o PRODERJ criará a do Estado, que na verdade já existe. Sobre estes dois itens, devemos manter toda vigilância para que nada seja feito no sentido da privatização da autarquia e da política de TI.

Outro ponto levantado por Aldo foi que em seu entendimento não importa de onde vem a força de trabalho, se concursada ou terceirizada; importa é a realização dos serviços. Uma vez que o técnico não apresente os resultados poderá ser substituído. Trabalhador é insumo? Durante a última greve o vice-presidente deu esta declaração, razão pela qual esta é uma afirmação recorrente.
Declaração um tanto desastrada, pois tanto o TJ quanto o TCE estão obrigando a autarquia tomar medidas concretas no sentido de realizar CONCURSO PÚBLICO PARA O PRODERJ a fim de substituir o trabalho terceirizado na atividade fim. A ASCPDERJ vem tentando, através de Júlio e Dayse, desenvolver junto com a SECTI o estudo referente às vagas para o concurso. Apenas duas reuniões foram realizadas com o DGAF da SECTI, com Gabriel Neves e assessores. No último encontro os dois receberam a informação de que o vice-presidente Aldo Ribeiro solicitou o estudo para sua análise por não concordar com os quantitativos de vagas existentes. Ao mesmo tempo, o TJ suspendeu a tramitação da Ação Civil Pública (processo: 0229794-26.2013.8.19.0001) movido pelo MPE sobre o concurso, abrindo espaço ao PRODERJ para a apresentação das contrarrazões ao concurso. O representante do PRODERJ é a PGE que se incumbirá destas contrarrazões, apoiando-se nas recentes medidas do governo, na “falta de verba”, na discussão do PL 257, e todos os tipos de maldades capazes de impedir a recuperação da Autarquia.
Segundo informações obtidas no MPE, não é possível por agora determinar se, uma vez aprovado este Projeto de Lei, afetará o concurso para o PRODERJ. O que fazer então? Continuar a luta e a obtenção cada vez maior de dados comprobatórios das necessidades de revitalização da autarquia e de que, caso isso não aconteça urgentemente, haverá um colapso na TI do Estado do Rio de Janeiro, com a possibilidade de danos irreparáveis, assim como consta no relatório da decisão do pleno do TCE.


ASCPDERJ – AGOSTO DE 2016

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